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  • Foto do escritorÉrica Inacio

O que é terapia cognitivo-comportamental (TCC) e como funciona?

Atualizado: 30 de jun. de 2023


Buscar tratamento psicológico tem sido cada vez mais comum, em especial após a pandemia de covid-19, em que a saúde mental teve grande destaque devido ao aumento dos casos de depressão e ansiedade.


Mas, vale ressaltar que, para fazer terapia você não precisa estar em profundo sofrimento ou apresentar um transtorno mental, a função da terapia é te ajudar a lidar com dificuldades e buscar soluções para as mesmas, melhorando a autoeficácia, as relações e a qualidade de vida.


Dentro da psicologia clínica existem diferentes abordagens e metodologias, todas com o mesmo objetivo: promover saúde mental. Mas, eu escolhi trabalhar com TCC por ser a abordagem padrão-ouro para o meu público-alvo: pacientes com transtornos alimentares, obesidade, transtornos de humor e ansiedade.


A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma psicoterapia voltada para o presente, com ênfase na resolução de problemas e direcionada para a ação, não apenas para a tomada de consciência. As sessões são estruturadas, acontecem uma vez por semana, com duração de 50 minutos e o tratamento, que é dividido em fase inicial, fase intermediária e fase final (incluindo a prevenção de recaídas), consiste em modificar padrões de pensamento, emoção e comportamento, tornando-os mais funcionais e adaptativos.

A TCC usa técnicas cognitivas e comportamentais, com objetivos específicos e alinhadas ao plano de tratamento do paciente, ou seja, há um contexto, a TCC não é uma mera aplicação de técnicas. Com isso, existem protocolos estruturados para diferentes transtornos mentais e a TCC é, atualmente, a psicoterapia que mais apresenta evidências científicas para o tratamento em saúde mental.


Atuar com a TCC implica em realizar a conceituação de cada caso, ou seja, compreender a queixa do paciente, realizar o diagnóstico (se houver), identificar padrões de pensamento, emoção, comportamento e crenças, assim como os fatores que possam ter desencadeado a problemática (ou seja, como o paciente chegou até aqui) e os fatores que a mantém, além de estabelecer os objetivos do tratamento junto ao paciente e elaborar o plano de tratamento.


Vale lembrar que, na TCC, o vínculo e a aliança terapêutica são de extrema importância e tudo é compartilhado com o paciente, como o seu diagnóstico e o seu plano de tratamento. Para isso, é necessário o engajamento do paciente para a realização das técnicas terapêuticas e os planos de ação, a fim de aumentar a autoeficácia do paciente, ou seja, a capacidade de manejar as suas emoções e comportamentos na solução de problemas, tornando-o seu próprio terapeuta, um dos pressupostos da TCC.


Temos uma tendência maior em engajar em algo que entendemos como funciona e quais possíveis resultados podemos esperar. Por isso, outro ponto marcante na TCC é a psicoeducação, que consiste no psicólogo educar o seu paciente sobre a metodologia da TCC, sobre as emoções, os pensamentos e os comportamentos, fornecer e explicar sobre o diagnóstico e orientá-lo a lidar com a problemática apresentada.

Dessa forma, na TCC trabalhamos com técnicas para o manejo da ansiedade como respiração diafragmática e relaxamento progressivo muscular, técnicas de exposição para eliminar os sintomas de fobia específica, fobia social e transtorno obsessivo compulsivo (TOC), agenda de atividades e ativação comportamental para manejo da depressão, técnicas cognitivas para flexibilizar pensamentos e crenças, controlar impulsos e resolver problemas, entre outras. Mas, nada é imposto pelo psicólogo, tudo é adaptado a realidade do paciente e realizado de acordo com a sua permissão e feedback.



Fonte:

BECK, J. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.


Obs.: o conteúdo aqui descrito é apenas informativo, para tratamento entre em contato para agendamento.












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