O que é anorexia nervosa?

A anorexia é um transtorno alimentar cuja principal característica é a preocupação intensa com o peso e a forma do corpo. Diante do extremo medo de engordar, a pessoa restringe drasticamente a alimentação, mantendo um peso significativamente baixo. Um exemplo disso é alguém com 1,60 m de altura que pesa 45 kg, o que corresponde a um IMC abaixo de 17,5 kg/m².

Além disso, há uma grave distorção da imagem corporal, fazendo com que a pessoa não consiga perceber seu verdadeiro corpo. Mesmo estando muito magra, ela continua se vendo como alguém acima do peso.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5 TR), 90% dos casos de anorexia ocorrem em mulheres, especialmente em sociedades onde a magreza é associada à beleza e ao sucesso. Por isso, é fundamental discutirmos sobre os padrões de beleza, o conceito de saúde e a importância da aceitação corporal!

A preocupação com o corpo e o controle da alimentação tornam-se temas centrais na vida de quem sofre com anorexia, enquanto outros aspectos, como família, estudos e trabalho, são prejudicados à medida que o transtorno se agrava. Em geral, a pessoa com anorexia não percebe a gravidade da situação e, muitas vezes, não aceita que está doente.

A dieta deixa de ser saudável quando não é mais suficiente para nutrir a pessoa, levando à perda significativa de peso e a diversas consequências físicas e mentais

Sintomas da Anorexia Nervosa:

• Restrição severa da ingestão calórica, levando a uma acentuada perda de peso;

• Medo intenso de engordar, mesmo estando excessivamente magro(a);

• Distorção da imagem corporal, percebendo-se maior do que realmente é;

• Preocupação excessiva com nutrientes, calorias e o preparo dos alimentos;

• Interrupção da menstruação devido ao baixo peso (amenorreia);

• Prática constante de dietas e reclamações sobre estar acima do peso, mesmo sem sobrepeso real;

• Uso de medicamentos como laxantes, diuréticos e "emagrecedores", sem orientação médica;

• Sensação de frio excessivo devido à baixa quantidade de gordura corporal;

• Indução de vômito ou prática exagerada de exercícios físicos para compensar o que foi consumido, mesmo que em pequenas quantidades;

• Palidez, fraqueza e episódios de desmaio.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é multidisciplinar, e a equipe mínima deve ser composta por psicólogo, psiquiatra e nutricionista, preferencialmente especialistas em transtornos alimentares. Em casos mais graves, a internação pode ser necessária para evitar a piora do quadro ou até mesmo a morte do paciente (se for um caso de desnutrição severa).

A boa notícia é que, com o tratamento adequado, cerca de 60% dos pacientes conseguem se recuperar totalmente do transtorno, mas o engajamento do paciente e de sua família no processo é fundamental. No acompanhamento psicológico, a Terapia Cognitivo Comportamental possui protocolos específicos para transtornos alimentares, com eficácia comprovada cientificamente.

Obs.: o conteúdo aqui descrito é apenas informativo, para tratamento entre em contato para agendamento.