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Foto do escritorÉrica Inacio

Obesidade infantil: como os pais podem agir?

Segundo a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) mais de 50% da população brasileira está acima do peso ideal, sendo que 20,3% têm obesidade, quando o IMC (índice de massa corporal) está acima de 30. Entre as crianças, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 a 9 anos têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.


Sabemos que a obesidade é uma doença crônica, isso implica dizer que não há uma cura definitiva, mas há tratamento, e é multifatorial, ou seja, existem várias causas, como genética, sedentarismo e alimentação inadequada. Além disso, a obesidade pode desencadear outras doenças, como diabetes, hipertensão arterial, depressão, entre outras.


Mas, como lidar com a obesidade infantil?


Primeiro, precisamos entender que as crianças seguem o exemplo dos adultos. Se o seu filho consome refrigerante todos os dias existe um motivo para isso, afinal quem está comprando esse refrigerante? Você pode até orientar o seu filho a cuidar da alimentação, mas é o seu exemplo que ele vai notar, se você mantém uma alimentação saudável e esses alimentos forem introduzidos na rotina dele desde novinho, então alimentar-se de forma saudável será algo natural para ele. Da mesma forma que, se você come fast food todos os dias, ele entenderá que essa é a forma correta de se alimentar, ou pelo menos, a única que ele conhece.

Isso também vale para pais que fazem muita dieta restritiva e que criticam o próprio corpo, se você mostra para o seu filho que para emagrecer você precisa comer muito pouco e sofrer em relação a comida, ele também poderá desenvolver uma visão distorcida em relação aos alimentos.


Outro ponto importante é incentivar o seu filho a ouvir os seus sinais internos de fome e saciedade. São sinais que nascem com a gente, por exemplo, o bebê chora quando está com fome e para de mamar quando está saciado, mas ao longo da vida vamos perdendo a conexão com esses sinais. Então, incentive o seu filho a comer quanto estiver com fome e respeitar a saciedade dele, sabe aquela história de “comer tudo o que está no prato”? Não precisa ser dessa forma, a ideia não é desperdiçar a comida, mas aprender a parar de comer quando já estiver satisfeito, comendo o suficiente para se nutrir.


Seu filho precisa perder peso? O incentivo sempre será melhor que a crítica, então evite criticar o corpo do seu filho, pois isso pode causar feridas que vão refletir até a vida a adulta e, muitas vezes, levar ao exagero alimentar, “afinal já estou gordo mesmo”.


Incentive o seu filho a fazer exercício físico independente do peso dele, inclua na rotina de vocês atividades prazerosas e que o ajude a movimentar o corpo, como esportes com bola, pedalada, caminhada e brincadeiras ao ar livre. Em relação a comida, tente incluir ao invés de excluir, por exemplo, inclua mais frutas e aos poucos vá retirando os alimentos que não são tão saudáveis, como biscoito recheado, as mudanças graduais tendem a serem mais duradouras.

Para concluir, saúde é sinônimo de equilíbrio, ou seja, está tudo bem comer um doce no final de semana ou ganhar um sorvete de vez em quando, se no dia a dia seu filho se alimenta com “comida de verdade”. Importante também incentivá-lo a expressar as suas emoções e entender que está tudo bem ficar triste de vez em quando, não havendo a necessidade de comer nesses momentos para se sentir bem, afinal comer para suprir as emoções costuma ser um fator importante no desenvolvimento da obesidade.


Se for necessário, busque profissionais para ajudar nesse processo, como médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.



Obs.: o conteúdo aqui descrito é apenas informativo, para tratamento entre em contato para agendamento.




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